Me chamo Cláudia Melo. Sou Especialista em Educação e Clínica Psicomotora pelo Instituto Brasileiro de Medicina e Reabilitação (IBMR), Professora de Educação Física licenciada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Guia de Turismo pelo Centro Integrado de Estudo em Turismo e Hotelaria (CIETH) e fundadora da Rio Running Tour.

 

Sempre enxerguei a corrida como um fim, nela mesma. Isto porque conheci e me apaixonei por ela muito antes de chegar à escola, na infância. Eu vivia correndo o tempo todo! O prazer de brincar de correr foi tão grande que comecei a correr como um meio. Desta forma, experimentei o movimento correr desde o movimento natural, passando pelas brincadeiras de infância, até a técnica esportiva, experimentando rotinas de treinamento sério para participar de competições e também iniciando alunos e orientando atletas amadores, na condição de Profissional de Educação Física.

 

Em um determinado momento da minha história, as rotinas de treinamento pesado e as medalhas conquistadas, logo após cruzar a linha de chegada, começaram a não me satisfazer mais. Refletindo sobre minhas experiências com a corrida espontânea do passado, eu me percebi com um horizonte limitado por uma linha de chegada, pouco criativo e que não me motivava mais como antes. Decidi, então, me afastar das rotinas que vinha tendo com a corrida (me afastei das rotinas profissionais também) e fui viver um ano sabático, explorando alguns lugares: correndo.

 

Curti aquela experiência: correr, conhecer pessoas, culturas diferentes, agregar novos conhecimentos e valores, mas... tinha que voltar para o trabalho! A vontade de manter as viagens e a liberdade de correr desse novo jeito me fez refletir muito: como agregar a experiência da viagem com o trabalho? Resolvi voltar para os estudos e me habilitar como guia de turismo.

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Hoje, vivencio o correr como um meio de levar as pessoas para descobrir um mundo novo e descubro um mundo novo com elas também, um mundo que vai muito além do que simplesmente mostrar os caminhos que eu já conheço. Isto porque eu enxergo e vivo o correr como parte de um fazer social e artístico. Hoje, assim como a criança que fui no passado, eu vivo correndo novamente!